19 de dezembro de 2011

FUI SALVA PELO ÓPIO DA POESIA


Final de ano para mim já trouxe significados maiores. Sonhava há velhos e mofados tempo em ter uma família, cuidar de casa, marido, filhos, etc. Tudo mudou com a chegada da poesia em minha vida. A descoberta pela poesia chegou aos 26 anos, antes disso vivia uma vida pacata e sem perspectivas, fiquei durante mais de 10 anos participando de cultos evangélicos, com o objetivo de sair a este mundo afora pregando o evangelho. Foram anos e anos numa vida religiosa, privada de prazeres e desejos, não enxergava a vida. Tudo me era pecado. Nesta época dentro da Igreja já comecei a ter decepções, e foi para mim um choque. Meu primeiro namorado o conheci na Igreja, achava que tinha conhecido ‘o príncipe encantado’, mas nada não passou de um engano. Pois o cara me ludibriou e por pouco não ficamos noivos, acho que foi um aviso neste dia em que íamos marcar o noivado, o vi me traindo na porta da Igreja com outra pessoa. Foi fatal tal descoberta, valeu à pena. E isso foi só o começo de várias descobertas. Onde que a poesia entra nesta página da vida?
Logo que deixei de freqüentar a Igreja me joguei no mundo de cabeça, sem freio sem direção e a queda foi terrível, caros leitores. Mas como tudo, passou. Tirei experiências desta trajetória. E a poesia chegou à minha vida no momento certo, não foi uma maldição, mas uma benção. A poesia para mim é meu ópio cotidiano. O poeta Ferreira Gullar disse que ‘a arte existe porque o cotidiano é muito sem fantasia’. No caso minha poesia é esta fantasia ou uma droga pesada.

2 comentários:

Pablo Furii disse...

Interessante e coincidente tudo isso. Especialmente quanto a frequentar a igreja.
De minha parte, as frequentei por tempo demais.
Mas só fui descobrir D'us quando me afastei de todas.

Coincidências!

Cíntia Santomario disse...

Máh, acho que todas as experiências
são válidas, pois commo diz umamúsica da Ana Carolina:"Nem o erro é disperdício"...
A posia convive comigo desde meus tempos de escola...sempre gostei muito de escrever. A poesia é para mim, meu refúgio. Lá me mostro, desabafo, grito, lamento, me alegro, fantasio=me...Lá, sou o que quiser...
Abraço!