Fazendo
uma busca no Google a fim de encontrar fotos do meu pai e poeta Dailor Varela
(falecido) para um vídeo que está sendo montado por poetas de Taubaté, SP onde
será realizado a premiação do X Concurso de Poesias- Prêmio poeta Dailor Varela
no próximo dia 02 de junho apareceu-me várias imagens e poemas que eu não
conhecia. Nesta busca incessante entre fotos e palavras uma tela do
pintor Antoine Wiertz, ‘Eve Experiencing Her First Guilt After Sinning' surgiu
na tela do computador, gostei do que vi e resolvi clicar para saber se teria
mais imagens. Qual foi a minha surpresa ao clicar, abriu outra janela com o
seguinte poema:
295 - DE DAILOR VARELA
A poesia que eu amo
MAÇÃ
O sangue das nuvens
dissolve o vermelho da manhã.
Maçã na boca
Veloz corte da palavra.
(Postado por Talis Andrade em 12/10/2006)
Minhas pernas ‘quebraram’, fiquei muda, senti
uma paz e uma revolução ao mesmo tempo, que o poeta queria falar algo e falou. Desde
cedo fiquei com o retrato indefinido de um poema depois deste acaso ocorrido,
chegou pela porta da frente e assim ficou:
I
‘Azul
rubro desfaço a fraqueza da camisa alaranjada da tarde
Meus
pés suspensos trafegam sobre o cobre balançante das horas
Aos
sinais da tua voz confiscada
Prendo-me
ao cachecol do silêncio
Noite
de cabelos cacheados
Nudez
que cubro na alquimia da tua carne’
Perturbador
e surpreendente ao mesmo tempo, não?
Nenhum comentário:
Postar um comentário