29 de maio de 2012

Coincidências -I




Fazendo uma busca no Google a fim de encontrar fotos do meu pai e poeta Dailor Varela (falecido) para um vídeo que está sendo montado por poetas de Taubaté, SP onde será realizado a premiação do X Concurso de Poesias- Prêmio poeta Dailor Varela no próximo dia 02 de junho apareceu-me várias imagens e poemas que eu não conhecia.  Nesta busca  incessante entre fotos e palavras uma tela do pintor Antoine Wiertz, ‘Eve Experiencing Her First Guilt After Sinning' surgiu na tela do computador, gostei do que vi e resolvi clicar para saber se teria mais imagens. Qual foi a minha surpresa ao clicar, abriu outra janela com o seguinte poema:

295 - DE DAILOR VARELA
A poesia que eu amo
MAÇÃ
O sangue das nuvens
dissolve o vermelho da manhã.
Maçã na boca
Veloz corte da palavra.
(Postado por Talis Andrade em 12/10/2006)

 Minhas pernas ‘quebraram’, fiquei muda, senti uma paz e uma revolução ao mesmo tempo, que o poeta queria falar algo e falou. Desde cedo fiquei com o retrato indefinido de um poema depois deste acaso ocorrido, chegou pela porta da frente e assim ficou:

I
‘Azul rubro desfaço a fraqueza da camisa alaranjada da tarde
Meus pés suspensos trafegam sobre o cobre balançante das horas
Aos sinais da tua voz confiscada
Prendo-me ao cachecol do silêncio 
Noite de cabelos cacheados
Nudez que cubro na alquimia da tua carne’


Perturbador e surpreendente ao mesmo tempo, não?


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