Uma poética em memória de
Roberto Piva
Furacão
que
silenciou
as
asas do tempo
No
bolso vermelho
Sou
a inocência
No
aquário
Eu
só acredito em poeta
que
mantém um orgasmo
diário
com as palavras
**********************************************************************************
Amor portátil
Exorcismo
da madrugada
Rego
o amor no tronco do teu corpo
Encontros
incertos nas esquinas do silêncio
Atravesso
a toalha muda da Consolação
Onde
nossos sonhos caminham na tarde de cimento
No
concreto engravatado da Paulista
Perco
minha identidade no febril do tempo
Onde
tudo são personagens do outro eu
Rodeados
pelo desequilíbrio dos deuses
Nudez
morna dos nossos corpos
Calçamos
a noite na estante do teu beijo, teu cérebro, tuas pernas
As
artérias testemunhas do nosso prazer
Máh Luporini
Nenhum comentário:
Postar um comentário