12 de junho de 2013

Poemas Ineditos do meu próximo livro




Uma poética em memória de
Roberto Piva
Furacão
que silenciou
as asas do tempo
No bolso vermelho
Sou a inocência
No aquário
Eu só acredito em poeta
que mantém um orgasmo
diário com as palavras





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Amor portátil
Exorcismo da madrugada
Rego o amor no tronco do teu corpo
Encontros incertos nas esquinas do silêncio
Atravesso a toalha muda da Consolação
Onde nossos sonhos caminham na tarde de cimento
No concreto engravatado da Paulista
Perco minha identidade no febril do tempo
Onde tudo são personagens do outro eu
Rodeados pelo desequilíbrio dos deuses
Nudez morna dos nossos corpos
Calçamos a noite na estante do teu beijo, teu cérebro, tuas pernas
As artérias testemunhas do nosso prazer

                                          Máh Luporini 


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