26 de novembro de 2011

SER INTIMISTA É OLHAR O MUNDO LÁ FORA


Fazendo uma busca pelo Google ontem pela manhã, descobri que tinha um longo comentário sobre meu último livro de poemas “Ausências”. Entrei no blog intitulado “Falando de livros” do escritor Fernando Scarpel ao qual faz comentários sobre livros de autores do Vale do Paraíba. Um texto confuso, com divergências de datas e dados, que me surpreendeu a falta de informação do mesmo. Critica seja ela qual for, faz parte do mundo das artes em geral. Sou totalmente favorável á críticas, mas que tenha base suficiente para saber o que está dizendo, senão é melhor ficar quieto.
Lendo o comentário sobre o meu livro fiquei pensando comigo, como que fica então os poetas portugueses Fernando Pessoa e Florbela Espanca? Eram totalmente intimistas, escreviam para si mesmos e com sua visão do mundo em que viviam.
Conexão com esta realidade? Relação com o mundo real? Cada escritor tem uma visão de mundo, escrevo com esta visão. O silêncio dos livros é muito mais interessante do que certas pessoas. O que falta para os poetas joseenses é informação, leitura, conhecimento. Os três caminham juntos.
Voltando ao texto sobre o comentário do meu livro “Ausências”, faço a correção de alguns dados que não sei onde Fernando Scarpel se baseou para escrever.
Lancei este livro em 2010 na 3º Edição do Festival da Mantiqueira no distrito de São Francisco Xavier; é meu primeiro livro e não o segundo conforme o texto escrito; pais poetas? Escrevo desde a infância? Esta foi novidade, nem eu sabia.
O que falar então do músico João Gilberto? Vive longe deste mundo, no seu apartamento, para ele este mundo pouco importa, não tem nenhuma ligação.
Existe só ele e sua música. Como disse o poeta Claudio Willer no seu livro “Jardins de Provocação”, “o livro é um mundo a ser decifrado”. É a partir de si mesmo que se tem um olhar sobre o cotidiano, a realidade. O que é a poesia, a filosofia? É justamente esse olhar intimista sobre a realidade.

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