16 de dezembro de 2012

'São Paulo Surrealista', uma visão que entra para minha história


Desde que descobri a poesia como bem Artaud definiu 'eu não concebo a arte separada da vida', eu também não. Desde final de 2009 e começo de 2010 nossa relação segue numa cumplicidade mútua. Nesta época, descobri o poeta paulistano Roberto Piva (faleceu em 2010) que fez das minhas noites e dias uma alucinação constante. Assim, descobri o surrealismo e fui degustar cada página que ia descobrindo. Cheguei a peça ' a poesia feito espuma', segunda parte do espetáculo 'São Paulo Surrealista dirigida por Marcelo Marcus Fonseca, desde que entrei no universo surreal do teatro minha visão mudou. Fui a última apresentação da peça, ontem (15 de dezembro) encenada num território perfeito o Madame (antigo Madame Satã). Assisti a segunda parte 5 vezes e cada vez que eu ia era um mergulho em águas desconhecidas. Meus finais de semana não foram mais o mesmo depois desta peça. Tudo começou dia 27 de outubro quando depois de inúmeros convites de amigos para assistir a segunda parte, consegui uma brecha e fui a caminho dos deuses. Os olhos da noite alaranjada já se faziam presente, embriagadas em ópio. Piva é um dos meus gurus de cabeceira. E o teatro me trouxe pessoas maravilhosas, parceiros, cúmplices da noite. Sai da peça ontem em transe, sentindo a presença de Piva, Hilda Hilst, Ginsberg. Foi uma entrega que desde a minha última ida nunca tinha visto. parabéns aos atores e a todos os envolvidos. 
Evoé! e que venha mais! 

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